Morre Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos do mundo

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Imagem: MARIO TAMA / GETTY IMAGES

O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado faleceu aos 81 anos, na sexta-feira (23), em Paris. 

Conhecido mundialmente por seu trabalho humanitário e ambiental, Salgado dedicou sua vida a capturar imagens que revelavam as desigualdades sociais e as belezas naturais do planeta. 

Sua morte foi confirmada pelo Instituto Terra, organização de reflorestamento fundada por ele e sua esposa, Lélia Wanick.

A vida e legado de Sebastião Salgado

Sebastião Salgado, nascido em Minas Gerais em 1944, iniciou sua carreira em 1973 e ao longo de sua trajetória visitou mais de 100 países para documentar os problemas sociais e ambientais do mundo. 

Ao lado de sua esposa, Lélia, ele fundou o Instituto Terra em Aimorés, Minas Gerais, que já plantou mais de 3 milhões de árvores. 

O fotógrafo lutou incessantemente por um mundo mais justo, mais humano e mais ecológico, capturando a dura realidade das populações mais desfavorecidas e os impactos da degradação ambiental.

A relação com a Amazônia e a exposição “Amazônia”

Em 2022, Salgado falou sobre sua experiência de imersão na floresta amazônica, que o impactou profundamente. 

Ele e Lélia passaram sete anos fotografando a floresta, os rios e as comunidades indígenas da região. 

A exposição “Amazônia”, que passou por Paris, Londres e Roma antes de chegar a São Paulo, foi uma verdadeira experiência sensorial para o público, com 194 fotografias e uma trilha sonora composta por Jean-Michel Jarre, que usou sons da floresta como base para sua música.

Salgado relatou que a Amazônia, com suas mais de 180 culturas e línguas diferentes, foi o espaço mais rico em diversidade cultural que já encontrou, mas também a região mais ameaçada pela predação. 

A obra, para ele, não era apenas sobre as comunidades indígenas, mas também sobre a necessidade urgente de preservar o bioma amazônico.

A luta contra a degradação e as marcas deixadas por Salgado

Sebastião Salgado documentou o crescimento das ameaças ao meio ambiente, especialmente a devastação da Amazônia, e dedicou parte de sua vida para sensibilizar o mundo sobre a importância da preservação do planeta. 

Sua fotografia foi sempre um reflexo de seu compromisso pessoal com a natureza e os direitos humanos.

Ele afirmou em entrevistas que a fotografia era sua vida, seu pensamento e seu amor, e sempre buscou transmitir essa paixão através de suas imagens.

Conclusão

Sebastião Salgado deixa um legado imenso, não apenas como um dos maiores fotógrafos do mundo, mas como um defensor incansável do meio ambiente e das causas sociais. 

Sua morte marca o fim de uma era, mas seu trabalho continuará a inspirar gerações a lutar pela preservação da natureza e pela justiça social, eternizando as vozes das comunidades mais vulneráveis e da nossa Terra.

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