Guerra Israel-Irã: quem está do lado de quem no conflito?

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Imagem: CNN Brasil

O conflito entre Israel e Irã, que se intensificou nas últimas semanas com ataques mútuos, tem provocado reações em cadeia e dividido alianças internacionais. 

Com o Oriente Médio à beira de uma guerra em larga escala, o mundo acompanha com preocupação a formação de blocos de apoio a cada um dos lados envolvidos.

Quem apoia Israel

Estados Unidos: principal aliado histórico de Israel, os EUA reforçaram seu apoio diplomático, militar e estratégico. O presidente norte-americano declarou que “Israel tem o direito de se defender contra ameaças existenciais” e mobilizou unidades navais no Mediterrâneo.

Reino Unido: seguindo a tradição de apoio ao aliado americano, o governo britânico condenou os ataques iranianos e defendeu o direito de Israel à autodefesa. Tropas britânicas no Golfo foram colocadas em estado de alerta.

França e Alemanha: embora adotem um tom mais cauteloso, ambos os países europeus se posicionaram contra a escalada do Irã, pedindo diálogo, mas reforçando o direito de Israel à segurança.

Emirados Árabes Unidos e Bahrein: apesar de serem países de maioria muçulmana, mantêm relações normalizadas com Israel desde os Acordos de Abraão (2020) e vêm demonstrando apoio diplomático, pedindo contenção por parte do Irã.

Azerbaijão: país estratégico do Cáucaso com atritos históricos com o Irã, tem relações militares com Israel e pode oferecer apoio logístico.

Quem apoia o Irã

Rússia: apesar de não declarar apoio direto, Moscou tem mantido laços estratégicos com Teerã, inclusive com envio de armamentos e cooperação militar. O Kremlin critica a ofensiva israelense e pede o fim das “provocações ocidentais”.

China: apoiando o Irã no campo diplomático e econômico, Pequim defende o princípio da não-intervenção e acusa o Ocidente de agravar o conflito. Embora evite envolvimento direto, oferece apoio indireto ao regime iraniano por meio de comércio e retórica política.

Síria e Líbano (Hezbollah): são aliados diretos e militares do Irã na região. O Hezbollah já lançou ataques contra o norte de Israel, atuando como braço armado de Teerã. A Síria serve de corredor logístico para forças iranianas.

Iraque (milícias xiitas): grupos apoiados pelo Irã dentro do Iraque também participam de operações contra interesses israelenses e norte-americanos na região.

Iêmen (Houthis): os rebeldes houthis, fortemente apoiados pelo Irã, intensificaram ataques contra navios ligados a Israel no Mar Vermelho, ampliando o teatro de operações do conflito.

Papel da ONU e da comunidade internacional

A ONU convocou reuniões de emergência no Conselho de Segurança, mas as divisões entre os membros permanentes (especialmente EUA x Rússia e China) dificultam qualquer resolução. 

A comunidade internacional clama por cessar-fogo imediato, mas os bombardeios continuam.

Risco de guerra regional

Com ataques se multiplicando em várias frentes – do Líbano ao Golfo Pérsico –, cresce o temor de que o conflito evolua para uma guerra regional ou até mundial por procuração. 

O envolvimento de potências globais e milícias armadas torna o cenário imprevisível.

Conclusão

O mundo assiste à intensificação de um conflito que pode redesenhar o mapa geopolítico do Oriente Médio. 

Com alianças definidas e tensões crescentes, o equilíbrio regional está mais frágil do que nunca.

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