
O governo de Donald Trump decidiu permitir a venda e posse de dispositivos que transformam rifles semiautomáticos em armas capazes de disparar com a mesma rapidez de metralhadoras.
A decisão, anunciada pelo Departamento de Justiça na última sexta-feira, visa resolver ações judiciais movidas pelo governo de Joe Biden, que havia proibido tais dispositivos.
O acordo e as reações
A medida foi tomada para resolver litígios iniciados durante o governo de Biden, quando a administração democrata proibiu certos “gatilhos de reinicialização forçada”.
A procuradora-geral Pamela Bondi, em comunicado, defendeu a decisão, afirmando que a 2ª Emenda da Constituição dos EUA, que garante o direito de portar armas, não deve ser tratada como “um direito de segunda classe”.
Ela considerou o acordo como uma forma de encerrar “um ciclo desnecessário de litígios” e aumentar a segurança pública.
Controvérsia e críticas
A decisão gerou controvérsias, especialmente entre defensores do controle de armas.
Vanessa Gonzalez, vice-presidente de assuntos governamentais do grupo Giffords, condenou a medida, afirmando que o governo Trump “legalizou efetivamente as metralhadoras”, o que, segundo ela, levará à perda de vidas.
Histórico de ações judiciais e mudanças nas regulamentações
Em 2022, o Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) notificou os licenciados de armas de fogo, indicando que alguns desses dispositivos eram considerados metralhadoras ilegais sob a Lei Nacional de Armas de Fogo.
No ano seguinte, o departamento processou a Rare Breed Triggers, uma empresa que fabricava e distribuía os dispositivos, resultando em uma decisão judicial que impediu a venda dos mesmos.
O impacto nos tiroteios em massa
O governo Biden, ao tentar barrar a venda desses dispositivos, apontou a preocupação com a crescente utilização de rifles semiautomáticos, como o AR-15, em tiroteios em massa no país.
Esses dispositivos são vistos como uma forma de aumentar a letalidade dessas armas em situações de violência.
Conclusão
A decisão do governo Trump de liberar a venda e posse de dispositivos que aceleram os disparos de rifles semiautomáticos gerou debates acalorados sobre a segurança pública e o direito à posse de armas nos Estados Unidos.
Enquanto defensores da medida argumentam que é uma vitória para os direitos constitucionais, críticos alertam para os riscos de aumentar a violência armada no país.