O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que não há necessidade de utilizar armas nucleares no conflito em curso na Ucrânia, expressando a esperança de que esse cenário não se concretize.
No entanto, apesar da declaração aparentemente conciliatória, a ameaça nuclear continua a ser um ponto crítico, de acordo com o professor Vitelio Brustolin, da Universidade Federal Fluminense e pesquisador de Harvard, em entrevista à CNN.
Riscos de uma escalada nuclear
Brustolin destacou que, embora Putin tenha se mostrado cauteloso em suas palavras, as consequências de um possível uso de armas nucleares seriam devastadoras, com implicações globais.
O professor alertou que a radiação se espalharia para outros países da Europa, afetando milhões de pessoas.
“O mundo não assistiria passivamente a esse tipo de ação, pois os efeitos da radiação seriam irreversíveis”, afirmou Brustolin.
Impasses e ambições expansionistas da Rússia
O conflito na Ucrânia continua sem uma resolução definitiva, com ambos os lados sem conseguir uma vitória militar decisiva.
Brustolin também apontou as ambições expansionistas da Rússia, especialmente em relação aos países vizinhos, o que agrava ainda mais a tensão na região.
Violação do direito internacional
O professor concluiu sua análise apontando que as ações da Rússia são uma violação clara do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, que proíbe guerras de anexação através do uso da força.
O conflito, que se arrasta desde fevereiro de 2022, já resultou em milhares de mortes, sendo o maior confronto terrestre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Conclusão
Embora Putin tenha feito declarações de que o uso de armas nucleares não é necessário, a ameaça nuclear continua a pairar sobre o conflito.
O cenário é de um impasse prolongado, com riscos de uma escalada significativa que pode afetar toda a Europa.
A comunidade internacional observa atentamente, temendo as consequências de uma possível escalada nuclear e os impactos de uma guerra prolongada.