Internacionalizar empresa pode ser o caminho para quem quer lucrar em dólar

internacionalizar empresa
Imagem: Valor e Foco

A internacionalização de empresas não é mais exclusividade das grandes multinacionais. 

Pequenos e médios negócios também têm acesso a diversas estratégias para expandir suas operações, desde exportação via e-commerce até a presença física com filiais em outros países. 

Segundo a Fundação Dom Cabral, os Estados Unidos são o destino preferido das empresas brasileiras, mas existem outras opções viáveis para crescer além das fronteiras.

Principais formas de internacionalização

Guilherme Vieira, consultor internacional de negócios nos EUA, destaca dois principais tipos de internacionalização: comercial e produtiva/estrutural. 

Dentro desses grupos, existem diversos modelos, cada um indicado para diferentes estratégias de expansão.

  • Exportação direta: A empresa vende diretamente seus produtos para clientes no exterior. Esse modelo exige estrutura para lidar com logística internacional e questões regulatórias. Exemplos incluem a Alpargatas, dona da marca Havaianas.
  • Exportação direta via e-commerce: Pequenos e médios empresários podem vender para outros países através de plataformas de e-commerce como Amazon e Shopee. Com um investimento inicial baixo, esse modelo permite testar mercados internacionais com flexibilidade.
  • Exportação indireta: Envolve intermediários, como tradings ou agentes de exportação, sendo uma boa opção para quem está começando e não tem experiência no mercado internacional.
  • Licenciamento: Permite que terceiros utilizem a marca, tecnologia ou produto da empresa em outro país, sem a necessidade de grandes investimentos. A Grendene, com a Melissa, é um exemplo desse modelo.
  • Franquias: A expansão por franquias permite que terceiros operem sob a marca da empresa, como o caso do Spoleto, que tem franquias nos EUA e no México.
  • Joint Venture: Parcerias com empresas locais para compartilhar riscos e recursos. Um exemplo é a BRF, que firmou uma joint venture com a Al Yasra Food Company para distribuir alimentos no Oriente Médio.
  • Investimento direto: Abertura de filiais, subsidiárias ou fábricas no exterior. Este modelo é adequado para empresas consolidadas, como a Ambev, que utiliza filiais para produção e distribuição local.

Primeiros passos para internacionalizar

Lucas Ramos, especialista em Estratégia e Fusões, aponta que a internacionalização pode ser um “catalisador” para a expansão do negócio, mas exige planejamento cuidadoso. 

É essencial entender o mercado-alvo, as barreiras de entrada e os riscos envolvidos. 

Além disso, é importante estar alinhado com a regulamentação e a tributação do país de destino.

Custos da internacionalização

Pedro Bresciani, sócio do Utumi Advogados, alerta para os custos envolvidos na internacionalização, que incluem incorporação da empresa, manutenção, licenças e questões tributárias. 

É importante entender como os fluxos financeiros e os impostos serão impactados tanto no Brasil quanto no exterior.

A “dica de ouro” para internacionalizar com sucesso

Guilherme Vieira destaca a importância de não tentar dar um “jeitinho brasileiro” no processo. Investir em profissionais especializados e estudar cuidadosamente as legislações dos mercados internacionais são passos essenciais para o sucesso. 

Com a estrutura certa, o esforço no Brasil pode ser multiplicado exponencialmente no exterior.

Conclusão

Expandir para o exterior não é mais um luxo das grandes empresas, mas uma estratégia acessível para negócios de todos os tamanhos. 

Com as ferramentas e o planejamento corretos, a internacionalização pode ser o caminho para aumentar a escala, reduzir riscos e, claro, lucrar em dólar. 

O mercado global oferece inúmeras oportunidades, e quem se prepara para elas sai na frente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima