
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou neste sábado (7) que a presença de Vladimir Putin na cúpula dos Brics, marcada para os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, está totalmente nas mãos do líder russo.
Embora seja um membro fundador do grupo, Putin enfrenta desafios legais que podem afetar sua participação no evento.
A decisão está nas mãos de Putin
Em coletiva de imprensa em Paris, Lula afirmou que, como membro fundador do Brics, Putin está oficialmente convidado para a cúpula.
“Ele pode participar ou não. Ele está condenado por um tribunal internacional e sabe que corre risco, mas a decisão é dele”, afirmou Lula.
O presidente brasileiro deixou claro que a escolha sobre comparecer ao evento no Brasil cabe apenas ao presidente russo.
Mandado de prisão contra Putin
Vladimir Putin enfrenta um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), que o acusa de crimes de guerra relacionados à invasão da Ucrânia.
Como signatário do Tratado de Roma, o Brasil teria uma obrigação legal de prender Putin caso ele entre no país.
No entanto, Lula ressaltou que o assunto está diretamente relacionado à decisão pessoal de Putin.
Putin e o G20 em 2024
Em 2024, Putin já havia se ausentado da cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro, justificando sua ausência para não comprometer o evento.
O presidente russo, que não reconhece a jurisdição do TPI, também afirmou que o tribunal não tem validade para a Rússia, o que complica ainda mais sua participação em eventos internacionais que possam trazer questões jurídicas à tona.
Relação entre Lula e Putin
Apesar das tensões envolvendo o TPI, Lula reiterou que mantém uma relação amistosa com Putin e que, em última instância, a decisão sobre a presença do presidente russo na cúpula dos Brics cabe somente a ele.
A relação entre os dois líderes continua sendo uma prioridade para o Brasil, mas a cúpula de julho dependerá da escolha de Putin.
Conclusão
A presença de Vladimir Putin na cúpula dos Brics no Brasil em julho ainda é incerta, pois depende de sua decisão pessoal.
Apesar dos desafios legais e do mandado de prisão emitido pelo TPI, Lula deixou claro que, enquanto o Brasil mantém uma relação amigável com a Rússia, a participação do presidente russo no evento será uma escolha exclusivamente dele.