
O governo central registrou um superávit primário de R$ 1,096 bilhão em março, superando o déficit de R$ 1,024 bilhão no mesmo mês de 2024, de acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional.
Apesar de representar uma melhora significativa, o resultado ficou abaixo do esperado pelo mercado, que projetava um superávit de R$ 1,323 bilhão.
Aumento nas receitas e queda nas despesas
O superávit primário foi impulsionado por um aumento real de 0,8% nas receitas líquidas, enquanto as despesas totais registraram uma queda de 0,5%.
O crescimento das receitas foi principalmente atribuído a um aumento de 5,6% nas receitas administradas pela Receita Federal, incluindo um ganho expressivo na arrecadação do Imposto de Importação (26,8%) e no Imposto de Renda (5,0%).
Por outro lado, as receitas não administradas caíram 12,5%, principalmente devido à queda nos dividendos e participações, que recuaram 25,2%, e nas concessões, que apresentaram uma redução de 21,3%.
Despesas e gastos discricionários
No lado das despesas, o recuo foi impulsionado por menores gastos discricionários, principalmente com custos administrativos e investimentos dos ministérios.
O resultado do mês foi o melhor para março desde 2021, quando o superávit primário foi de R$ 2,6 bilhões, ajustado pela inflação.
Superávit no acumulado do primeiro trimestre
No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o governo central registrou um superávit primário de R$ 54,532 bilhões, comparado a um saldo positivo de R$ 20,171 bilhões no mesmo período de 2024.
Este é um resultado que demonstra uma melhora significativa nas finanças públicas do governo, contribuindo para o controle fiscal.
Meta para 2025 e desafios fiscais
Para 2025, o governo estabeleceu uma meta de déficit primário zero, com uma margem de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (cerca de R$ 29 bilhões).
O governo segue ajustando suas finanças para cumprir essa meta, enquanto enfrenta desafios econômicos tanto internos quanto externos.
Conclusão
Embora o superávit primário de março tenha ficado abaixo das expectativas do mercado, os números indicam uma recuperação fiscal positiva para o governo central.
A boa performance das receitas administradas pela Receita Federal e a contenção nas despesas proporcionaram um resultado favorável, mas o governo ainda terá desafios pela frente para manter a sustentabilidade fiscal ao longo do ano, com a meta de déficit zero para 2025.