EUA e China iniciam segundo dia de negociações comerciais

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Imagem: Martial Trezzini/Handout via Reuters

No domingo (11), os principais oficiais econômicos dos Estados Unidos e da China continuaram suas negociações em Genebra, com o objetivo de reduzir as tensões geradas pela guerra comercial iniciada sob a presidência de Donald Trump. 

As negociações são vistas como fundamentais para a economia global, que tem sido impactada pelas tarifas altas impostas entre os dois países.

Implicações das tarifas comerciais

As tarifas impostas pelos Estados Unidos e China – 145% sobre as importações chinesas e 125% sobre produtos americanos – estão causando grandes impactos nas cadeias de suprimento globais. 

Empresas americanas buscam alternativas fora da China, enquanto fábricas chinesas tentam contornar as tarifas e direcionar exportações para o Sudeste Asiático. 

A pressão sobre as empresas aumenta, à medida que muitas tentam ajustar seus preços para compensar os custos adicionais.

Pressões econômicas e o impacto no crescimento global

Economistas alertam que a disputa comercial pode desacelerar o crescimento global, aumentar a inflação e até levar os Estados Unidos à recessão. 

Esses temores têm pressionado Trump a buscar um acordo com a China. Após horas de negociações no sábado (10), os Estados Unidos não emitiram declarações formais, mas Trump considerou as conversas como um sucesso.

As expectativas para um acordo

Trump, via redes sociais, elogiou as negociações como um “reinício total” das discussões. 

Os representantes dos Estados Unidos e da China – Scott Bessent e He Lifeng, respectivamente – estão liderando as conversas, mas ainda existem dúvidas sobre a possibilidade de um acordo rápido. 

Mesmo com a proposta de Trump de reduzir as tarifas para 80%, economistas, como Nancy Vanden Houten, indicam que é improvável que os resultados sejam imediatos ou significativos.

A resistência da China e as concessões esperadas

Embora Trump tenha sugerido a redução das tarifas, a China tem sido firme ao afirmar que não fará concessões em resposta às medidas dos EUA. 

A Casa Branca, por sua vez, afirma que as reduções nas tarifas estão condicionadas a concessões por parte da China, especialmente em relação à subsidiarização de sua economia e às exportações de precursores para o fentanil, uma droga que tem causado graves impactos nos Estados Unidos.

Conclusão

As negociações entre os EUA e a China seguem sendo um processo complexo, com altos riscos para a economia global. 

Embora Trump tenha mostrado otimismo, especialistas continuam céticos quanto à rápida resolução do impasse. 

A chave para o sucesso das negociações pode estar em concessões mútuas e no compromisso com uma abordagem mais equilibrada, mas o caminho para um acordo ainda é incerto.

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