
O dólar opera em baixa frente ao real nesta quinta-feira (26), reagindo positivamente à decisão do Congresso de derrubar o decreto do governo que elevava as alíquotas do IOF.
No entanto, a indefinição sobre o ajuste fiscal e as medidas compensatórias continuam a gerar cautela no mercado, enquanto os investidores aguardam posicionamentos do governo.
A reação do dólar à derrubada do IOF
O mercado reagiu de forma positiva à decisão do Congresso, que derrubou o decreto do governo que elevava as alíquotas do IOF.
Às 10h05, o dólar à vista estava em baixa de 0,31%, cotado a R$ 5,537. Já na B3, o dólar futuro para julho, o mais negociado, caía 0,07%, a R$ 5,558.
No entanto, a reação do mercado ainda é cautelosa, pois há incertezas sobre as medidas que o governo tomará após a derrubada do decreto.
Medidas do governo após a decisão do Congresso
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo está avaliando três respostas possíveis à derrubada do aumento do IOF: acionar a Justiça, buscar uma nova fonte de receita ou realizar cortes no Orçamento.
A decisão final ficará a cargo do presidente Lula, mas Haddad indicou que o governo considera a medida do Congresso inconstitucional, com base em pareceres da AGU e da PGFN.
Impactos da mudança nas alíquotas do IOF
Com a derrubada do decreto, as alíquotas do IOF voltam aos níveis anteriores, o que representa uma perda estimada de R$ 10 bilhões para a arrecadação do governo.
No entanto, as plataformas de pagamento precisam ajustar seus sistemas para se adequar às mudanças, o que pode causar uma transição gradual.
Expectativas para o ajuste fiscal e a reação do mercado
Apesar da queda do dólar, a indefinição sobre o ajuste fiscal e as medidas que o governo tomará para cumprir as metas fiscais continuam a gerar cautela nos investidores.
A visão do mercado é de que as sinalizações sobre o futuro das finanças públicas serão fundamentais para as próximas movimentações da moeda.
Indicadores econômicos no Brasil e no exterior
No cenário interno, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou uma alta de 0,26% em junho, abaixo da expectativa do mercado de 0,30%.
A Receita Federal divulgará os dados de arrecadação em maio às 10h30, e o Tesouro Nacional informará o resultado do governo central às 14h30.
No exterior, o mercado acompanha o impacto da queda do PIB dos EUA, que registrou uma retração de 0,5% no primeiro trimestre de 2025, superando a expectativa de um recuo de 0,2%.
Além disso, os pedidos de auxílio-desemprego caíram para 236 mil, abaixo da previsão.
Conclusão
O dólar recuou após a derrubada do IOF pelo Congresso, mas o mercado segue atento às incertezas sobre o ajuste fiscal e as medidas compensatórias que o governo tomará.
As próximas sinalizações do governo serão cruciais para determinar os próximos passos da economia brasileira e as reações do mercado.