
O déficit comercial dos EUA alcançou um recorde histórico em março, com as importações de mercadorias subindo antes da implementação de tarifas.
Esse aumento impactou diretamente o Produto Interno Bruto (PIB), que contraiu no primeiro trimestre de 2023 pela primeira vez em três anos.
Aumento do déficit comercial
Em março, o déficit comercial dos EUA subiu 14% em relação a fevereiro, alcançando US$ 140,5 bilhões.
A cifra anterior era de US$ 123,2 bilhões, conforme dados revisados do Escritório de Análise Econômica (BEA).
Os economistas haviam projetado um aumento mais moderado, para US$ 137 bilhões, o que torna o número ainda mais alarmante.
Impacto das tarifas sobre o comércio
O aumento nas importações foi impulsionado pelas tarifas do presidente Donald Trump, que elevou as taxas sobre as importações chinesas para 145%.
Essa medida gerou uma corrida das empresas para importar mercadorias antes da implementação dessas tarifas, o que gerou um aumento de 4,4% nas importações em março, atingindo US$ 419 bilhões.
Em contrapartida, as exportações tiveram um crescimento mais tímido de 0,2%, chegando a US$ 278,5 bilhões.
O impacto no PIB dos EUA
O déficit comercial também teve um efeito direto no PIB, que contraiu pela primeira vez em três anos.
O déficit comercial contribuiu para uma redução de 4,83 pontos percentuais no PIB no primeiro trimestre de 2023, resultando em uma queda anualizada de 0,3%.
Esse é o primeiro recuo da economia desde o primeiro trimestre de 2022.
Projeções para o futuro
Economistas acreditam que, com a redução das importações previstas para maio, o impacto no PIB pode diminuir, possibilitando uma recuperação da economia no segundo trimestre.
A expectativa é que as empresas ajustem suas compras e o comércio internacional se estabilize, permitindo uma recuperação mais robusta.
Conclusão
O recorde no déficit comercial dos EUA em março reflete a aceleração nas importações, impulsionada pelas tarifas sobre as mercadorias chinesas, e impacta diretamente o crescimento econômico.
Apesar disso, especialistas projetam uma possível recuperação da economia, dependendo de como o comércio internacional se ajustará nos próximos meses.