
Nesta sexta-feira (2), a China afirmou que está “avaliando” as propostas dos Estados Unidos para reiniciar as negociações comerciais, marcando uma mudança de tom nas relações comerciais entre os dois países.
A informação foi divulgada por meio de um comunicado do Ministério do Comércio da China, após os EUA enviarem várias mensagens à China na tentativa de reiniciar as conversas.
Mudança de postura
Essa mudança vem após anos de tensões entre as duas economias, especialmente devido à guerra tarifária iniciada por Donald Trump.
Em resposta a essas tentativas de diálogo, a China afirmou que qualquer negociação exigiria o cumprimento de certas condições, incluindo a remoção das tarifas impostas pelos EUA, que aumentaram substancialmente no último mês.
O país também reforçou sua posição, declarando que, se for para “uma briga”, levarão até o fim, mas, se for para “uma conversa”, a porta estará aberta.
Para Pequim, a negociação deve ser baseada em “sinceridade genuína” por parte dos EUA.
Impactos da guerra comercial
As tarifas americanas, que aumentaram para 145% sobre produtos chineses, têm causado sérios impactos na economia da China, principalmente no setor de manufatura e exportações.
A atividade industrial chinesa se contraiu em abril, no ritmo mais rápido dos últimos 16 meses, o que reflete os danos causados pelas elevadas tarifas.
O cenário de negociações e retaliações
O comércio entre as duas potências tem enfrentado quedas significativas, com as importações dos Estados Unidos caindo mais de 20% no segundo semestre de 2025, e a China espera uma redução ainda maior nas suas importações para os EUA.
No entanto, Pequim ainda resiste a iniciar qualquer conversa até que os EUA retirem todas as tarifas impostas.
Recentemente, o presidente Trump sinalizou uma disposição para suavizar as tarifas, o que foi imediatamente descartado pela China, que segue exigindo a remoção completa das tarifas como pré-condição para as negociações.