Brasileiros se arriscam mais ao investir em criptomoedas

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Imagem: iStock/ gopixa

Em meio a um cenário econômico instável, com juros elevados e incertezas internacionais, os investidores brasileiros estão se mostrando mais arrojados no mercado de criptomoedas do que seus vizinhos latino-americanos. 

Pesquisa realizada pela corretora Bitget revela que 33% dos brasileiros afirmam ter perfil de investidor arrojado, com uma parcela significativa dos seus portfólios dedicada a criptoativos.

Perfil arrojado do investidor brasileiro

A pesquisa, realizada com 2.302 usuários da plataforma Bitget entre os dias 7 e 11 de abril, aponta que 27,8% dos brasileiros possuem mais da metade de seu portfólio investido em criptomoedas. 

Esse número é consideravelmente superior ao de outros países da América Latina, como Argentina, México, Colômbia e Chile, onde apenas 12,8% dos entrevistados afirmam ter perfil arrojado, e 25,1% dedicam mais de 50% de sua carteira a criptoativos.

De acordo com Guilherme Prado, Country Manager da Bitget no Brasil, o comportamento do investidor brasileiro é reflexo da alta bancarização digital do país e do crescente interesse no universo cripto, além de um ambiente propício com maior acesso à informação e educação financeira.

Investidores brasileiros mais velhos e com maior patrimônio

Uma das descobertas mais surpreendentes da pesquisa é o perfil etário dos investidores brasileiros. 

Mais da metade dos investidores brasileiros em criptomoedas (55,6%) têm mais de 45 anos, um número superior à média da América Latina, que é de 43,9%. 

Esse público tende a ter maior patrimônio acumulado e uma abordagem mais estratégica, permitindo uma maior diversificação em seus investimentos, o que inclui ativos além do Bitcoin, como Solana e memecoins.

Estratégia diversificada e preferência por ativos diferentes

Além da idade, os investidores brasileiros também se destacam pela estratégia diversificada.

Cerca de 44,4% dos brasileiros adotam uma combinação de investimentos de curto e longo prazo (trading e holding), superando a média regional de 39,6%. 

O Brasil também é o único país da pesquisa onde as memecoins são uma das preferências de investimento (11,1%), e a preferência por Solana (16,7%) é mais forte que nos outros países analisados, onde a média é de 7%.

Redes sociais como fonte de informação

Outro dado interessante é a forma como os brasileiros se mantêm atualizados sobre o mercado de criptomoedas. 

33% dos investidores brasileiros consomem conteúdo financeiro pelas redes sociais, preferindo esse canal pela agilidade e pelo volume de conteúdo disponível. 

Isso reflete uma mudança no comportamento de consumo de informação, com muitos investidores acompanhando influenciadores e especialistas que produzem conteúdo direto e prático, em uma linguagem mais acessível.

Conclusão

O investidor brasileiro tem se mostrado mais arrojado e disposto a correr riscos no mercado de criptomoedas, impulsionado pela educação financeira, acesso à informação e uma cultura de investimentos mais madura. 

Com uma abordagem diversificada e o uso crescente das redes sociais como fonte de informação, os brasileiros se destacam na América Latina por sua disposição em explorar novas oportunidades de investimento.

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