
O ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, faleceu nesta terça-feira (13), aos 89 anos.
Após um longo enfrentamento contra um câncer, que se espalhou para o fígado, e as sequelas de um tratamento de radioterapia, Mujica morreu em cuidados paliativos, conforme informou sua esposa, Lucia Topolanky.
A despedida de um líder querido
Pepe Mujica, conhecido por sua postura humilde e comprometimento com a política social e de direitos humanos, estava ciente de sua condição desde janeiro, quando foi informado que o câncer não poderia mais ser tratado.
Em entrevista à rádio uruguaiana Sarandí, sua esposa compartilhou que, nas últimas semanas, o ex-presidente estava sendo mantido confortável e sem dor.
Em uma das últimas entrevistas, Mujica falou de sua vontade de ser enterrado em um local muito significativo para ele: o sítio onde viveu por décadas e governou o país durante sua presidência, nos arredores de Montevidéu.
“Vou morrer aqui. Tem uma sequoia grande lá fora. Manuela [sua cadela] está enterrada lá. Estou preenchendo a papelada para que eles possam me enterrar lá também. E é isso”, declarou com serenidade.
A perda sentida pelo país e o mundo
A notícia da morte de Mujica foi confirmada pelo atual presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, amigo próximo e afilhado político do ex-presidente.
Em um comunicado emocionado, Orsi expressou o pesar de todo o país: “É com profundo pesar que anunciamos o falecimento do nosso colega Pepe Mujica. Presidente, ativista, líder. Sentiremos muita falta de você, querido velho. Obrigado por tudo o que você nos deu e pelo seu profundo amor pelo seu povo.”
Conclusão
A morte de Pepe Mujica marca o fim de uma era de liderança carismática e humana no Uruguai.
Seu legado como defensor da justiça social e sua simplicidade como pessoa e político continuarão a inspirar gerações, tanto no país quanto no mundo.