
A China interrompeu a divulgação de importantes indicadores econômicos, como vendas de casas, investimentos estrangeiros e desemprego, o que levanta dúvidas sobre a real situação econômica do país.
A reportagem do Wall Street Journal, publicada no domingo (4), destaca a ausência desses dados oficiais, que antes eram fundamentais para pesquisadores, investidores e jornalistas entenderem o desempenho da economia chinesa.
Desaparecimento de dados importantes
O jornal aponta que até mesmo relatórios sobre a produção de molho de soja desapareceram, assim como o índice de confiança empresarial.
Dados sobre o mercado imobiliário, que já vinha em declínio desde 2018, pararam de ser divulgados em 2022, em meio a uma crise no setor.
Além disso, o Departamento Nacional de Estatísticas da China suspendeu a publicação de números relacionados ao desemprego urbano nos últimos anos.
Dificuldades econômicas e falta de transparência
A interrupção na divulgação de dados ocorre em um momento delicado, com a China enfrentando endividamento excessivo e um mercado imobiliário em queda.
A falta de transparência tem gerado preocupações sobre a precisão das estimativas de crescimento econômico, como as do PIB, que, segundo alguns economistas, podem ser exageradas em até 2 a 3 pontos percentuais.
Fontes alternativas de dados
Diante da dificuldade em obter uma leitura precisa sobre a economia chinesa, alguns economistas estão recorrendo a fontes alternativas, como a receita de bilheteira de filmes para medir o poder de compra, e dados de satélite sobre a iluminação noturna para estimar a atividade industrial.
Conclusão
A falta de dados econômicos oficiais da China gera incerteza sobre o real estado da economia do país, o que complica as projeções de crescimento.
A necessidade de fontes alternativas de informação reflete a crescente desconfiança dos economistas e investidores em relação à transparência da gestão econômica chinesa.