Déficit comercial dos EUA dispara e atinge recorde após tarifaço

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Imagem: Mundo Educação

O déficit comercial dos EUA, em especial no comércio de bens, atingiu um recorde histórico em março, totalizando US$ 162 bilhões, o maior valor já registrado. 

A alta de 9,6% em relação ao mês anterior reflete a intensificação das importações, impulsionadas pelas medidas tarifárias do presidente Donald Trump.

Aumento das importações e seus efeitos no PIB

As importações de bens dos EUA subiram US$ 16,3 bilhões, com destaque para os produtos de consumo, que cresceram 27,5%. 

Enquanto isso, a economia americana enfrenta um cenário de incerteza, o que pode impactar negativamente o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025.

Economistas estimam que o comércio pode ter subtraído até 1,9 ponto percentual do PIB.

A estratégia de estocar e o impacto nos estoques

Embora o dólar mais fraco beneficie as exportações, o aumento nas tarifas e a resposta internacional à política de Trump dificultaram o comércio. 

As empresas, antecipando as tarifas, aumentaram as importações, e uma parte significativa desses produtos foi estocada, com o aumento de 0,5% nos estoques de produtos manufaturados e não duráveis.

Efeito das políticas tarifárias na economia

O impacto das políticas tarifárias de Trump é evidente, já que as empresas enfrentam dificuldades no planejamento futuro devido à incerteza criada pelas mudanças frequentes na política de tarifas. 

Além disso, as importações e as taxas elevadas de estoque sugerem que a economia dos EUA pode estar se preparando para um trimestre de crescimento mais fraco.

Conclusão

Com um aumento recorde no déficit comercial e a incerteza causada pelas políticas de Trump, os Estados Unidos enfrentam sérios desafios econômicos. 

O impacto das tarifas e o aumento nas importações sinalizam uma desaceleração no crescimento, o que coloca em risco a recuperação econômica do país. 

As próximas estimativas do PIB deverão refletir esses efeitos, e a guerra comercial com a China continua sendo um fator crucial para o futuro da economia americana.

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