
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (11/7) que planeja, “em algum momento”, conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as altas tarifas impostas ao Brasil.
Contudo, ele destacou que essa conversa não ocorrerá imediatamente, e aproveitou para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro, criticando o tratamento dado a ele.
Declaração de Trump sobre Lula e Bolsonaro
Trump declarou que, embora uma conversa com Lula seja possível “em algum momento”, o momento não é agora.
Em resposta a uma pergunta da repórter brasileira Raquel Krakenbuhl, do Globo, Trump reiterou sua visão sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, defendendo-o de forma enfática.
“Ele [Bolsonaro] é um bom homem, eu o conheço bem. Eu negociei com ele, ele era um negociador muito difícil, mas muito honesto. Ele amava o povo do Brasil”, afirmou Trump, deixando claro que considera injusto o tratamento dado ao ex-presidente.
O tarifaço contra o Brasil
Trump anunciou, na última quarta-feira (9/7), uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras, a mais alta entre as 22 taxas anunciadas para diversos países.
A medida, que entra em vigor em 1º de agosto, atinge uma série de produtos, além das taxas setoriais já aplicadas ao aço e alumínio brasileiros.
O governo brasileiro, por meio de Lula, já sinalizou que utilizará a Lei da Reciprocidade contra essa medida, mas ainda aguarda reações dos EUA.
A relação comercial entre Brasil e EUA
Trump justificou o aumento das tarifas com a alegação de que o Brasil não está “sendo bom” para os EUA, mencionando um déficit comercial.
No entanto, a informação de que existe um grande déficit não é verdadeira, conforme analistas econômicos.
Além das tarifas sobre o aço e o alumínio, Trump também anunciou taxas de 50% sobre o cobre.
O Brasil se destaca na lista de países com a maior tarifa, enquanto as Filipinas, por exemplo, ficaram com a menor, de 20%.
Conclusão
As relações comerciais entre os EUA e o Brasil seguem tensas, com o Brasil enfrentando tarifas de importação elevadas.
Embora Trump tenha declarado que pretende conversar com Lula sobre o assunto em algum momento, ele segue defendendo Bolsonaro e mantendo uma postura firme sobre as tarifas.
A expectativa é que, a partir de agosto, a medida afete ainda mais o comércio bilateral.