
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, enviou seu ministro das Relações Exteriores a Moscou para pedir mais apoio da Rússia após o maior ataque militar dos Estados Unidos contra o Irã desde a Revolução Islâmica de 1979.
A situação no Oriente Médio se intensifica enquanto Teerã busca garantir uma resposta mais firme de Moscou diante da pressão dos EUA e de Israel.
Pedido de ajuda à Rússia de Putin
Na segunda-feira (3), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, foi a Moscou com uma carta do aiatolá Khamenei para o presidente russo Vladimir Putin.
A carta solicitava maior ajuda russa para enfrentar a escalada militar dos Estados Unidos e Israel contra a República Islâmica.
Segundo fontes iranianas, o Irã não ficou satisfeito com o apoio inicial da Rússia e deseja que Putin tome ações mais concretas para ajudá-lo no confronto com os dois países.
A relação entre Irã e Rússia
A Rússia tem sido um aliado de longa data do Irã, especialmente nas negociações nucleares, onde desempenha um papel importante como membro do Conselho de Segurança da ONU.
No entanto, o Kremlin, que tem suas próprias questões internacionais com a guerra na Ucrânia, não demonstrou grande disposição para confrontar os EUA em relação ao Irã, especialmente enquanto o presidente Donald Trump tenta restabelecer relações com Moscou.
Escalada no Oriente Médio e temores sobre a mudança de regime
Após os recentes ataques dos EUA, tanto Trump quanto Israel especularam sobre a possibilidade de uma mudança de regime no Irã, sugerindo até a morte do líder supremo Ali Khamenei.
Esse cenário é visto com grande receio pela Rússia, que teme que uma mudança abrupta no Irã possa desestabilizar ainda mais a região, que já está em um ponto de tensão crescente.
Conclusão
O Irã busca apoio mais contundente da Rússia em um momento crítico para sua segurança e estabilidade.
Com a guerra na Ucrânia consumindo grande parte da atenção de Putin, o Irã pressiona por um comprometimento mais forte da Rússia para enfrentar a crescente ameaça dos EUA e Israel.
O cenário no Oriente Médio continua a se intensificar, com consequências ainda incertas para o futuro da região.