
Greta Thunberg, a ativista sueca conhecida por sua luta contra as mudanças climáticas e em defesa dos direitos humanos, foi deportada de Israel nesta terça-feira (10).
Ela havia sido detida pelo Exército israelense junto a outros ativistas a bordo de um barco humanitário que tentava chegar à Faixa de Gaza.
Detenção e deportação de Greta Thunberg
Greta Thunberg, de 22 anos, foi uma das pessoas detidas a bordo do barco Madleen, que fazia parte de uma missão de ajuda humanitária para Gaza.
Israel interceptou o navio na manhã de segunda-feira (9), e as autoridades israelenses confirmaram que Greta foi deportada para a França, de onde seguiria para a Suécia.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou a deportação em uma publicação no X (anteriormente Twitter), com fotos de Greta a bordo de um avião.
Greta Thunberg, que evita viajar de avião por razões ambientais, ficou conhecida por ter viajado de barco para a Conferência Climática das Nações Unidas em Nova York, em 2019.
Ativistas detidos e protestos internacionais
Cinco outros ativistas, incluindo a deputada do Parlamento Europeu Rima Hassan, também foram detidos.
O governo francês confirmou que seus cidadãos foram retidos, com a maioria se recusando a assinar os documentos de deportação voluntária.
Os ativistas que concordaram com a deportação seriam enviados para seus países de origem.
A Coalizão Flotilha da Liberdade, responsável pelo Madleen, acusou Israel de abordagens ilegais e de ataques ao navio em águas internacionais.
A Anistia Internacional condenou a operação, afirmando que a detenção violava o direito internacional e colocava em risco a segurança dos ativistas.
O bloqueio humanitário de Gaza
A operação ocorreu no contexto do bloqueio israelense a Gaza, que está em vigor há mais de 600 dias, com Israel impedindo a entrada de ajuda humanitária em território palestino.
A Faixa de Gaza enfrenta uma crise humanitária crescente, com mais de 2 milhões de habitantes em uma situação de extrema necessidade.
Israel justifica as ações como parte de sua política de segurança, impedindo a entrada de embarcações em Gaza, conforme o direito internacional.
No entanto, organizações humanitárias, incluindo a ONU, têm alertado sobre o agravamento da fome e das condições de vida no território, com o sistema de distribuição de ajuda humanitária enfrentando dificuldades e novas ameaças.
A resposta de Israel e da comunidade internacional
Israel defendeu suas ações, dizendo que impediria qualquer embarcação de chegar a Gaza, incluindo o Madleen, que descreveu como um “iate para selfies” com “celebridades”.
Por outro lado, a comunidade internacional, incluindo a ONU, manifestou preocupações sobre a crise humanitária e a falta de acesso à ajuda.
Conclusão
A deportação de Greta Thunberg e a interceptação do Madleen destacam a intensificação da crise em Gaza, que continua a atrair atenção global.
Enquanto Israel mantém seu bloqueio à Faixa de Gaza, as organizações internacionais e os ativistas insistem em destacar as falhas no sistema de ajuda humanitária e o risco de uma catástrofe alimentar na região.